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Cronos - crónicas do nosso tempo - "Aquecimento mediatizado global"

Published by Simão under on 18:27

À uns dias vagueava pela internet em busca do material que pudesse alimentar o blog, no meio do meu deambular deparei-me com o vídeo já publicado no post anterior (escusado será dizer que é importante a sua visualização nem que por motivos lúdicos, apenas).

O que mais me fascinou não fora a sua genialidade, a passagem gradual do tempo associada aos diferentes estados da atmosfera, como uma mudança gradual de pele a que certos répteis estão sujeitos, por exemplo. O planeta em analogia com o inocente acto de descamação do corpo da serpente.

Mas voltando ao motivo do fascínio. Deveu-se à relutância existente no texto que acompanha a curta-metragem, em relação ao aquecimento global, fez-me reflectir acerca da forma dogmática como, talvez, veja o assunto, para mim mesmo.

Certo é este “fenómeno” ser mais mediático não pela sua validade, mas pelo aparato a ele associado. Certo, também, é ainda não existir unanimidade científica quanto ao assunto, certo, e para concluir, é Al Gore ter deixado de ser o antigo candidato a presidente dos E.U.A. para se tornar o embaixador dos ursos polares (perdoem-me estes sacrificados animais). Porém, a que se deve tanto alarido?

Não sei bem. Estes são os factos, o planeta tem sofrido grandes alterações climatéricas, o que, de forma optimista, poderá corresponder a mais uma fase da nossa Terra, perfeitamente normal e ultrapassável. O problema reside no aceleramento do tempo, ou seja, imaginemos a oxidação duma estrutura em ferro, agora antecipemos esse processo, sem deixar correr a ordem natural dos factos, o que ocorre? Existe um desenrolar mais acentuado que leva à degradação da estrutura e posteriormente à sua ruptura.

Todavia deixemos de parte situações de extremo realismo. Suponhamos, então, a não existência do aquecimento global, pelo contrário o que existe é uma mediatização do fenómeno renovação do planeta, tal como um reality show da vida dum réptil, porém de forma rápida, isto devido à acção do homem (na procura do conforto, pensemos). Mas muda alguma coisa? Independentemente do nome ou da credibilidade que lhe damos, não deveríamos encarar a realidade (não aparente) com maior seriedade?

Recorrendo à sabedoria popular, porém ancestral, - a prevenção é bem mais eficaz que o remendo – sendo assim, e pondo de parte a possibilidade de nos vir a ser comprovado por cientistas a era do descongelamento, pergunto… consideram (e faço-a também a mim) cuidar da forma mais indicada do solo que pisamos, do ar respirado ou da água que nos nutre no momento de aconchego e abrigo pelo fogo? Tratamos com um simples toque, ou acariciar de mãos o globo que nos sustenta?


Mariquices”.

Que importam os graus que sobem na média anual, ou os centímetros que nos são roubados pela água a cada dia, o recuar da tundra em países por norma gelados, o desmoronar de plataformas milenares em pleno pólo Sul… o importante é a comunidade científica estar de acordo em relação à existência da expressão aquecimento global, e só nesse dia de proclamação da independência da expressão, gritaremos. Gritaremos em unanimidade é preciso agir…

Triste ignorância num mundo girado por leis naturais, não cientificas ou físicas, nem valores que nos distinguem dos irracionais, mas pela força do poder do discurso que movimenta a roldana e o grito das vozes fluentes em resposta.


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